Angical, Agricultura Familiar, belas histórias acontecendo

Chegamos, eu e Jairo, a Angical cidade do Oeste da Bahia, após percorrer 854km de estradas. Angical é uma cidade simples, singela, população simpática e chegada a uma boa prosa. Ficamos logo encantados com a igreja de Senhora Sant'Ana, lindamente pintada de verde e amarelo, nunca pensei que iria achar bonita uma igreja pintada nessas cores. Mas é linda mesmo.
Fomos a Angical a convite da nossa querida Natalina, que nos recebeu com uma mesa maravilhosa, galinha caipira, pirão (que pra mim é a melhor parte), pamonha, vários tipos de biscoitos de polvilho e o famoso queijo do Sr. Didi que só experimentando para saber quanto é bom, sou fã e divulgadora.
Pela manhã fomos direto (é claro que depois de um farto café) fomos para a comunidade de Oriçanga, um assentamento rural, onde nos reunimos na casa de Zezinho e Juvaneide, com a diretoria da Associação do Eixão de Missão. O tema só podia ser um: Agricultura Familiar. Reinildo, que é o presidente da Associação, começou a nos relatar o progresso das famílias depois que por iniciativa de Natalina, mudaram da criação de gado para plantar orgânicos. Os relatos são emocionantes. Sr. Aprígio com uma palavra forte nos conta sobre a luta deles para manter a Associação dentro de uma linha de trabalho sério e progressista, que cada vez una mais os agricultores do assentamento.
As mulheres contam como começaram a plantar suas hortas orgânicas e hoje isso se tornou uma boa fonte de renda para suas famílias. Além das hortas, existe uma fábrica de biscoitos, bolos e brevidades, onde elas utilizam o polvilho e ovos caipira também produzidos nos assentamentos. Toda produção é vendida através da Associação, para os programas governamentais e para os moradores da cidade.
A prosa foi longa, muitas histórias de vida, muitas histórias de vitórias.
Histórias de construção, de plantios e belas colheitas, contadas na sombra do cajueiro.
Histórias de solidariedade e amizade.
Ainda vamos continuar falando sobre esse belo encontro em Angical e porque continuo encantada com meu povo do interior da Bahia. De volta a ativa, estava sentindo falta dessas andanças.
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