O Sítio do Tonho, Áurea e o Rio Formosa. Riquezas do Oeste da Bahia.


Pensem num dia feliz! Pois foi assim meu dia no Sítio do Tonho, em Formosa do Rio Preto - Oeste da Bahia. Falei sobre o Tonho e seus princípios na postagem anterior.
Um hectare de agricultura orgânica fazendo toda diferença em uma comunidade,  sendo fonte de inspiração para outros pequenos agricultores, que já estão seguindo esse mesmo caminho graças ao exemplo de Tonho e de sua família. 


E Tonho que só queria plantar comida limpa e saudável para sua família, hoje sorri com os resultados que vem obtendo. 


Visitou Formosa do Rio Preto e quer conhecer o trabalho desse guerreiro? É só perguntar a qualquer pessoa onde fica o Sítio do Tonho, que te informam logo: "Tonho o que planta sem veneno? É logo ali do outro lado do Rio, é só atravessar a ponte e andar um pouquinho"


E Tonho é generoso, manda eu pegar o que quiser para levar. Ele se diverte ouvindo os meus planos de como vou usar seus legumes quando eu chegar em casa. Estranha quando eu digo que vou usar as suas mini-berinjelas, "ninguém dá valor a isso aqui" comenta ele.


E Áurea que é amiga de Tonho de longas datas me fala da integridade e seriedade desse homem simples cheio de sabedoria. 


  Não resisti e tirei foto das abelhas de Tonho. Elas simbolizam essa família que acredita na força do trabalho e colhem doces frutos. Uma família que constrói  unida.


E quase que Tonho me convence a comprar um sítio perto dele, juntinho do Rio Formosa. Garante que se eu comprar ele vai me ensinar tudo, que vai começar a minha plantação e auxiliar no que for preciso.


                               Olha eu me animando, rs. Ouço atenta os ensinos de Tonho. 


 Já está perto do horário de Marquinhos me levar para o aeroporto de Barreiras, cidade vizinha que fica a 1:30h de distância, mas Áurea me convence a dar mais uns passeios, como ir embora sem visitar mais um pouco o Rio Preto? Como resisti a uma anfitriã tão simpática e gentil?


 E a cada pedacinho do Rio fico mais encantada. As águas que correm mansas trazem alegria e paz ao meu coração.  Esse trecho do Rio Preto é no jardim de Dona Alice, a popular Licinha.
 Pensa numa pessoa doce, assim é  Dona Licinha,  querida por toda cidade, abriu as portas da sua casa, mostrou as suas plantas, seus pés de jatobá, seu pedacinho sagrado do rio e convidou para eu voltar com mais tempo para prosear. Vou aceitar esse convite sim.  


Marquinhos amou o jardim de Dona Licinha.


Mas tenho que falar pra vocês um pouco sobre Áurea e a Associação Pró Cultura de Formosa do Rio Preto. Quando fala sobre o Cerrado, sobre o Rio Preto, essa mulher doce e suave, ganha uma força imensa, ela fala com o coração e nos explica o trabalho que vem desenvolvendo, transformando vidas usando para isso a natureza que é farta e generosa no Cerrado. Frutas,  sementes, capim dourado, tudo vira recursos de transformações de vidas. Viram artesanato, doces, biscoitos, renda para diversas famílias e dessa forma vão aprendendo que é preciso cuidar e preservar a natureza. 
As mulheres sendo protagonistas de belas histórias nas suas regiões. Áurea, uma guerreira que representa a coragem, a força e a determinação das mulheres do Oeste da Bahia.
Melhor anfitriã eu não poderia ter.


 Mas Marquinhos me chama para a realidade: "é hora de pegarmos estrada" e eu ainda tenho que acomodar  abobrinha, jiló gigante, mini-berinjela, polvilho, rapadura, feijão miúdo, mel, avoador, lima de umbigo, a bagagem cresceu muito na hora de voltar para casa.
Mas é só um até breve a Formosa do Rio Preto e aos amigos.


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